«O parvo Joane é uma figura singular. Desde logo, porque dispensa símbolos cénicos.
É verdade que, tal como os restantes mortos, não tem acesso à barca do Anjo; mas não é objecto da condenação sistemática que todas as outras personagens sofrem. Talvez por, já em vida, se haver colocado à margem de compromissos com o mundo terreno, não revela em cena qualquer temor face ao destino que, depois da morte, o espera.
A sua presença constante em palco permite-lhe intervir, a cada passo, com uma sinceridade desconcertante e bastante cómica.»
Cf. José Augusto Bernardes, Sátira e Lirismo no Teatro Vicentino, Lisboa, Ed. INCM, 2006 [adaptado]
P.S.: Clica na imagem e testa os teus conhecimentos sobre esta cena.
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