terça-feira, 29 de novembro de 2011

Auto da Barca do Inferno - Cena da Alcoviteira


Clica na imagem e testa os teus conhecimentos sobre a Cena da Alcoviteira.

Canção para o vaivém duma prostituta 

Pobre mulher
de todas as esquinas,
que andas a vender?
O espectro do teu amor?

Ninguém o quer.
Cheira a esqueleto e a suor.

Pobre mulher
de todas as ruas,
que andas a vender?
Carne de calafrio?

Ninguém a quer,
Cheira a poço frio.

Pobre mulher
de todas as garras,
que andas a vender?
A tua solidão?

Ninguém a quer.
Trazemo-la no coração.

Pobre mulher
de todas as esquinas,
já sem carne nova
como as outras meninas...

Ninguém te quer!
Ninguém te quer!

Cheiras a terra.
Cheiras a silêncio.
Cheiras a cova.

José Gomes Ferreira

domingo, 27 de novembro de 2011

Fado é Património Imaterial da Humanidade

A UNESCO aprovou hoje o FADO como Património Imaterial da Humanidade.
Vê o vídeo que serviu para apresentar a candidatura deste emblema da nossa cultura. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Árvore Generosa



A Árvore Generosa
, de Shell Silverstein, é um belo poema de amor da Natureza pelo Homem. Foi publicado pela primeira vez em 1964 e está traduzido em mais de trinta línguas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Auto da Barca do Inferno - Cena do Sapateiro


Clica na imagem e testa os teus conhecimentos sobre a Cena do Sapateiro.

Visiona o seguinte vídeo sobre um sapateiro à antiga... e deixa o teu comentário!


A Nave dos Loucos


O Parvo Joane considera a barca do Diabo como sendo a Nave dos Loucos (a naviarra nossa; Dos tolos). É uma alusão transparente à Nave dos Loucos que constitui o tema (…) do célebre quadro de António Bosch, com o mesmo título. O Parvo da peça de Gil Vicente é não só um desses “pobres de espírito”  a quem cabe o reino dos céus, como um desses loucos do “mundo às avessas”. 
Paul Teyssier, Gil Vicente – O Autor e a Obra 



Hieronymus Bosch, Navio dos Loucos ou A Nave dos Loucos (1490-1500)

Aqui podes ver mais imagens de Bosch

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Auto da Barca do Inferno - Cena do Parvo


«O parvo Joane é uma figura singular. Desde logo, porque dispensa símbolos cénicos.
É verdade que, tal como os restantes mortos, não tem acesso à barca do Anjo; mas não é objecto da condenação sistemática que todas as outras personagens sofrem. Talvez por, já em vida, se haver colocado à margem de compromissos com o mundo terreno, não revela em cena qualquer temor face ao destino que, depois da morte, o espera.
A sua presença constante em palco permite-lhe intervir, a cada passo, com uma sinceridade desconcertante e bastante cómica.»

Cf. José Augusto Bernardes, Sátira e Lirismo no Teatro Vicentino, Lisboa, Ed. INCM, 2006 [adaptado]

P.S.: Clica na imagem e testa os teus conhecimentos sobre esta cena. 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A morte do avarento


Hieronymus Bosch, A Morte e o Avarento, 1488(1488)-1516

P.S.: Clica na imagem para poderes vê-la melhor.

Um avarento, nas palavras do poeta Bocage

Levando um velho avarento
Uma pedrada num olho,
Pôs-se-lhe no mesmo instante
Tamanho como um repolho.

Certo doutor, não das dúzias
Mas sim médico perfeito,
Dez moedas lhe pedia
Para o livrar do defeito.

«Dez moedas! (diz o avaro)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro dou eu por isso.

Manuel Maria Barbosa du Bocage

Auto da Barca do Inferno - Cena do Onzeneiro

Clica na seguinte imagem
e responde a um questionário de interpretação da Cena do Onzeneiro.